quarta-feira, março 15, 2006

Tomorrow was yesterday

Queres-me encontrar???
Vagueio pela noite... saberás onde estarei...
Anseio por ti...
O toque gelado da tua mão pelo meu corpo...
Chegas finalmente... com esse teu ar de inocente...
Olhas para mim como se nada se passasse... como se nada tivesse acontecido...
Insensível... fria...
Estavas perdida quando te encontrei... apanhei-te... curei-te e é assim que retribuis???
A tua hora irá chegar...
Passam-se uns instantes...
Não aguentas... sou mais forte que tu... o que sentes domina-te... não consegues evitar ou sequer controlar... e acabas por vir ter comigo...
Domino-te... sim eu sei que quando quero te tenho na minha mão... e nada me dá mais prazer do que isso...
Esboçamos um olhar mútuo...
Eu saio... tu segues-me igualmente...
Humm... parece que tava a adivinhar... sim eu ja sabia que virias...
Entramos os dois no meu carro...
Chegamos a tua casa, sem termos dirigido sequer uma sílaba um ao outro... no entanto sabia que era para ali que querias ir...
Assim que entramos no quarto... rasgasme a roupa com uma fome insaciavél...
Eh la isso anda mau... tanto desejo... onde anda o sucesso da tua sedução???
Humm... és patética... das-me pena... metes-me nojo... mas sim desejo-te...
Entro dentro de ti... faço o que quero de ti...
Tu limitas-te a gritar... berrar... gemer... enquanto eu faço um esforço enorme para não me rir da tua mediocridade...
Acabou...
Foi a última vez... não mereces mais...
Dou-te um beijo... e enquanto sorris para mim...
Estrangulo-te...
Que prazer me dá ver esse teu olhar vago agora... a observar o infinito...
Mordo-te até sangrares... o sangue ainda está quente...
Humm... tiveste o que mereceste...
Visto-me e vou-me embora...

terça-feira, março 14, 2006

South, Blood, Lunar side...



As mais belas melodias alguma vez criadas por este quarteto de origens sulistas do nosso país...

Há uns meses atrás, afirmaram " Memorial é o material mais sombrio, cru, e belo que alguma vez produzimos"... Hoje a pouco mais de um mês do seu lançamento, Memorial, poder-se-á definir, de facto, como a melhor e mais completa obra dos Moonspell.

Como um amigo meu disse no dia em que ouviu pela primeira vez esta obra-prima, "estes gajos deviam estar possuídos quando fizeram este albúm"... o que de facto confirma-se...

Dá gosto e prazer ser fã de uma banda como esta!!!!

Ódio... impotência do Homem enquanto ser... sangue... amor... Memorial está ai para fazer jus ao seu nome... surgindo como algo que de certeza será para sempre recordado!!

Deliciem-se...

terça-feira, março 07, 2006

Possessão...

Acordei...
Algo me obrigou a sair do sono...
Como se estivesse a intrometer dentro de mim, chamando-me para a realidade!
Esse algo puxou-me para perto de si... sentia-o a arder nas minhas veias... o bater do meu coração como que comandado pela sua vontade e a minha respiração perturbada pela suas gargalhadas...
Lá fora o luar reinava… e transparecia toda a sua magnificência e poder...
O medo... o receio pairavam na atmosfera...
A noite permanecia deserta... os meus olhos tremiam... sem saber o que esperar...
Abraçava-me... apertava-me... cravava as unhas nos meus braços... com a triste ilusão de que não seria nada...
Encostado á janela...
Lá ao fundo fogo... as chamas... o ódio... lá muito ao fundo caminhavam até mim...
O silêncio perturbador de uma noite de lua cheia enregelavam-me os ossos... e o meu sangue cada vez mais ardia dentro de mim...
Conseguia-se sentir o odor a morte...
Os céus... negros... abatiam-se sobre mim...
Será que só eu te consigo ver?? Desde aí de cima... a descer com esse teu ar supremo?
Como conseguiste entrar dentro de mim?Será que algum dia sairás de dentro de mim?Controlas-me... condicionas cada uma das minhas acções... e a sede é tanta que já não esboço qualquer resistência... sujeito-me... conformo-me...
Lá fora noite de eclipse, a noite tornou-se negra... ausente de vida... nem a lua demonstrava a sua vida... a única porção de luz... a única réstia de esperança que existia esfumou-se...
Quero-me libertar de ti… não aguento mais sentir-me preso a ti… sufoco com a tua presença…
Não… sinto-me bem assim… quero sentir o que carregas nos teus ombros, quero sentir o ódio que sentes, a dor que transportas, o poder que possuis… sentir prazer com a angústia dos outros, sentir vida na morte dos outros…
A superioridade e altivez que deténs em relações a todos eles… seres insignificantes…
Sentir as chamas dentro de mim… o sangue deles nas minhas mãos… o poder…
A sede não me abandona… toma conta de mim e cada vez se torna menos indissociável de mim…
A luz da noite regressa… e com ela uma nova vida nasce em mim… um novo olhar… uma nova chama… um novo sangue…

As we eternally sleep on it…