quarta-feira, março 15, 2006
Tomorrow was yesterday
terça-feira, março 14, 2006
South, Blood, Lunar side...

As mais belas melodias alguma vez criadas por este quarteto de origens sulistas do nosso país...
Há uns meses atrás, afirmaram " Memorial é o material mais sombrio, cru, e belo que alguma vez produzimos"... Hoje a pouco mais de um mês do seu lançamento, Memorial, poder-se-á definir, de facto, como a melhor e mais completa obra dos Moonspell.
Como um amigo meu disse no dia em que ouviu pela primeira vez esta obra-prima, "estes gajos deviam estar possuídos quando fizeram este albúm"... o que de facto confirma-se...
Dá gosto e prazer ser fã de uma banda como esta!!!!
Ódio... impotência do Homem enquanto ser... sangue... amor... Memorial está ai para fazer jus ao seu nome... surgindo como algo que de certeza será para sempre recordado!!
Deliciem-se...
terça-feira, março 07, 2006
Possessão...

Algo me obrigou a sair do sono...
Como se estivesse a intrometer dentro de mim, chamando-me para a realidade!
Esse algo puxou-me para perto de si... sentia-o a arder nas minhas veias... o bater do meu coração como que comandado pela sua vontade e a minha respiração perturbada pela suas gargalhadas...
Lá fora o luar reinava… e transparecia toda a sua magnificência e poder...
O medo... o receio pairavam na atmosfera...
A noite permanecia deserta... os meus olhos tremiam... sem saber o que esperar...
Abraçava-me... apertava-me... cravava as unhas nos meus braços... com a triste ilusão de que não seria nada...
Encostado á janela...
Lá ao fundo fogo... as chamas... o ódio... lá muito ao fundo caminhavam até mim...
O silêncio perturbador de uma noite de lua cheia enregelavam-me os ossos... e o meu sangue cada vez mais ardia dentro de mim...
Conseguia-se sentir o odor a morte...
Os céus... negros... abatiam-se sobre mim...
Será que só eu te consigo ver?? Desde aí de cima... a descer com esse teu ar supremo?
Como conseguiste entrar dentro de mim?Será que algum dia sairás de dentro de mim?Controlas-me... condicionas cada uma das minhas acções... e a sede é tanta que já não esboço qualquer resistência... sujeito-me... conformo-me...
Lá fora noite de eclipse, a noite tornou-se negra... ausente de vida... nem a lua demonstrava a sua vida... a única porção de luz... a única réstia de esperança que existia esfumou-se...
Quero-me libertar de ti… não aguento mais sentir-me preso a ti… sufoco com a tua presença…
Não… sinto-me bem assim… quero sentir o que carregas nos teus ombros, quero sentir o ódio que sentes, a dor que transportas, o poder que possuis… sentir prazer com a angústia dos outros, sentir vida na morte dos outros…
A superioridade e altivez que deténs em relações a todos eles… seres insignificantes…
Sentir as chamas dentro de mim… o sangue deles nas minhas mãos… o poder…
A sede não me abandona… toma conta de mim e cada vez se torna menos indissociável de mim…
A luz da noite regressa… e com ela uma nova vida nasce em mim… um novo olhar… uma nova chama… um novo sangue…
As we eternally sleep on it…